Como meditar?

Meditação é um processo de lucidez natural da consciência que só pode ser vivido no estado de presença, é o processo da alma conscientizando de si mesma no corpo. É o estado de presença nele, onde se tem consciência da fonte geradora, criadora e mantenedora de si - aquela parte que nos fez existências, enquanto que simultaneamente despertamos como co-criadores, aqueles que co-criam a partir da consciência deste processo criativo de nossa existência em expansão. Nos percebendo além dos olhos, ouvidos e os outros sentidos do eu identidade do nosso corpo, no perceber do eu externo que não compreende o que percebe ou não percebe o que entende sem que esteja nele presente da consciência divina do Eu supremo iluminado pela observação no AGORA do eterno presente da vida.

MEDITAÇÃO -

Na minha visão, MEDITAR - um termo usado para referirmos a conexão com o nosso divino, expressão que vem da palavra medita, possuindo uma definição que pode ser entendida como a junção das significâncias de "Med + ita + ação= meditação", que mede e transporta as energia que se complementam em fusão gerando o equilíbrio da ação em evidência de uma força, de um agente de efeito da unidade, pela disposição consciente no agir livre de condicionamentos; atividade sem propósito da energia em movimento. Enquanto que ao ser confrontada pela atenção em uma das partes complementares gera confusão, atrito e desequilíbrio na ação, podendo até ser temporariamente de modo superficial harmonizada pelas vivencias das concentrações e reflexões guiada pela mente polarizada na criação dual de reequilíbrio mental, físico e emocional, essas vivências são tidas como sendo técnicas de meditação para a maioria de nós.

Então como meditar? Basta permanecer livre ao fazer ou não fazer alguma coisa, sem preocupações? Sem exercício premeditado para isso. Não existe técnica para esse movimento do ser a não ser sendo, pela presença onde já é, livre de qualquer condicionamento bom ou ruim, ou seja, a meditação é espontânea e natural ao estado da presença ativa pela consciência desperta. Quem foca, concentra em algo ou em alguma coisa e por mais lindo e de boa intenção que seja, não está meditando, pois esse ato de meditar é o desprendimento de qualquer conceito de concentração da mente de ser e estar. Quando nos liberamos de qualquer intenção, a energia flui livremente e então acessamos ela, mas quando vemos ela passar, voltamos atenção para ela ela se ausenta de nossa percepção, pela atenção que damos a ela. MEDITAR é unificar-se, não tem bom nem mal, nem luz nem trevas, não há como sintetizá-la, descrevê-la a não ser possuí-la enquanto se é unificado com o cosmo indiviso e inexplicável para o mundo dual.

Um truque para se liberar e promover-se em meditação, é se lembrar dessa realidade do estado de ser além de todo e qualquer controle mental, pelo aspecto do "EU" observador que não julga nada apenas observa e dessa forma flui para acessar o núcleo gerador em si. Enquanto que a mente tende a controlar pela concentração, que não é capaz de acessar o núcleo, pois é um movimento pré-determinado de fora para dentro, enquanto que ir para o núcleo requer desprender-se da periferia.

Podemos acessar a fonte em nós por essa arte de não fazer nada, nos liberando das atenções que damos a algo e que nos tira de nossa realidade que é o presente, livre de amarras do passado e anseios do futuro. A fonte requer que nos conscientizemos da nossa presença para sermos onipresentes em todas as coisas, ou seja, estarmos em meditação.

Imbuídos de intenções por melhores que sejam, nos tornamos ignorantes da nossa real grandeza de ser no estado de presença, pois nos desconectamos com os potenciais da mente universal ao criar no campo mental formas, imagens de desejos e vontades vividas ou a serem vivenciadas.

No inicio meditar se parece com a guerra em nós mesmos, mas essas findam ao estarmos cientes da entrega ao desconhecido e livres de condicionamentos mentais, e com o tempo a meditação passa a ser necessária e o silêncio passa a se incorporar em nossa manifestação, quase que de um modo mais permanente, quando deixamos de nos preocupara em como meditar para nos ocupar no presente ciente do momento único do agora, onde somos MEDITAÇÃO.

É preciso coragem para adentrar o mundo meditativo em nosso ser, pois isso requer encontrar o nosso oratório interior, para chegar lá dentro de nós, nos é requerido passear por caminhos que criamos e que foram se cimentando com o tempo na visão linear, onde muros, barreiras foram erguidas, impedindo a nossa compreensão no processo natural do estado meditativo. Ser o que somos é nosso destino enquanto personalidades na forma humana, na evolução da nossa consciência monádica.

Antes de começar a ir verdadeiramente para dentro da minha natural realidade, no início parecia que eu estava serena e tranquila na vida, mas a medida em que tomei a decisão de ir para dentro, o que estava me impedindo por minha própria conduta inconsciente veio a tona e tudo virou um caos, até pensei que nunca conseguiria, mas descobri que ao decidirmos verdadeiramente, viver o aqui e o agora algo maior nos conduz nesta senda evolutiva de dentro para fora. Então mesmo que aparentemente difícil, essa verdade no interior não nos permite desistir e deixar de querer ser conscientes de nós mesmos, em nossa real manifestação, assim a cada manhã a vida nos apoia a deixar ir um puco mais daquilo que não agrega força e poder para continuarmos a viagem rumo ao centro da nossa essência.

Essa viagem não tem fim, pois MEDITAR é viajar para fonte jamais acessada em sua totalidade, cada um flui de acordo com sua real percepção de presença, por isso não pode ser ensinada, orientada de nenhum modo. Meditar é se perceber no não tempo, na fonte eterna em nosso interior, ao nos liberarmos da atenção as projeções da mente no exterior. É viajar despropositadamente, apenas nos tornando mais e mais semelhantes as frequências mais elevadas do ser ao adentrarmos mais e mais em nosso cosmo interior. A cada viagem descobrimos que todos nós juntos somos amados, pois somos partículas dessa fonte buscada em nosso interno e quando nos liberamos da ideia de um fim, que gera os medos de seguir nessa jornada de redescoberta para chegarmos em nós mesmos, passamos a viver em meditação. Assim sendo, sentimos que SOMOS, onde estamos realmente presentes "dá" e "na" fonte indivisa da nossa própria existência em contínua expansão e que o fim é apenas o passado que se ausenta para um novo presente oportuno de novidades, que nos estendem ampliando-nos em consciências cada vez mais unificadas ao todo indiviso.

Sendo assim, não seria bom que compreendermos esse estado meditativo em nós!?

A MEDITAÇÃO é a liberdade no viver o estado de PRESENÇA, busquemos então viver a meditação aprendida apenas por nós mesmos, pois a mesma, ninguém poderia nos ensinar, pois só pode ser auto aprendida ao nos liberarmos de tudo que nos diz algo sobre alguma coisa e então nos encontraremos onde sempre somos presentes, conscientes da realidade que buscamos alcançar pela mente. Descobrindo que sempre estivemos em movimento na expansão da luz imaterial, que dá forma as sutis nuances de nosso brilho pela consciência Divina que compõe o "EU" persona e molda o corpo na manifestação física que vai se sutilizando a cada evolução da alma na experiência do auto iluminar que não produz sombras, mas que dissipa todas elas.

Com AmorLuz!

Andréa euSOu, Amor Fluído!

#Meditação